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Mercados
Os mercados internacionais operam de lado na manhã desta sexta-feira (07), à espera da divulgação de dados de emprego nos EUA. O payroll deve sinalizar a evolução da atividade econômica no país durante o mês de janeiro e pode ajudar os mercados a aprimorar suas expectativas para as próximas decisões de juros do Fed.
As expectativas apontam para uma abertura de 175 mil vagas no mês e a manutenção dos níveis de desemprego em 4,1%. Valores abaixo na criação de vagas ou um aumento do desemprego podem ser bem recebidos pelo mercado.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA apresentam pouca variação nesta sexta, com investidores evitando se expor antes dos dados que serão divulgados logo mais. A taxa do papel de 10 anos está estável em 4,43%, enquanto o título de 2 anos sobe para 4,22%.
O dólar também opera estável em relação às principais moedas. O índice do dólar (DXY) — que mede a moeda americana contra uma cesta de divisas, incluindo o iene e o euro — sobe 0,08%, para 107,78 pontos. Os preços do petróleo operam em alta, com os contratos futuros do Brent avançando 0,63%, para US$ 74,74 por barril. Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) avançam 0,61%, para US$ 71,04 por barril.
Nos EUA, os futuros de Nasdaq e S&P estão negociando próximos da estabilidade. As principais bolsas da Europa também operam perto da estabilidade.
No noticiário corporativo, a gigante do e-commerce e nuvem Amazon divulgou seus resultados na noite de ontem (06). Apesar dos bons números divulgados, a companhia teve uma sessão de pós-mercado negativa, com investidores digerindo as perspectivas da companhia para o crescimento de receita e as dificuldades no seu segmento de Nuvem.
Por aqui, o Ibovespa fechou em alta de 0,55% ontem (06), aos 126.224 pontos. O dólar à vista fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,7639.
Economia
EUA: Na última quinta-feira, os diretores do Fed Lorie Logan e Austan Goolsbee defenderam a manutenção da atual taxa dos fundos federais entre 4,25% e 4,50%. Eles argumentam que esse patamar se aproxima do nível neutro.
Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, afirmou que as taxas de juros podem já ter atingido o nível neutro, o que reduziria a necessidade de cortes adicionais mesmo se a inflação se aproximar dos 2%. Ela ressaltou que — em um cenário de inflação em queda rumo à meta, forte demanda e mercado de trabalho estável — haveria pouco espaço para novos ajustes, a menos que ocorra uma deterioração no setor de emprego. Logan também destacou que mudanças nas políticas governamentais e novos padrões comerciais podem impactar significativamente a atividade econômica, exigindo uma análise cuidadosa das consequências para a inflação, o emprego e os fluxos de capital.
Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, observou que as incertezas na política fiscal podem limitar os cortes nas taxas de juros, embora ele preveja reduções moderadas ao longo dos próximos 12 a 18 meses. Goolsbee ressaltou que, conforme a taxa dos fundos federais se aproxima do nível neutro e a inflação se encaminha para a meta de 2% estabelecida pelo Fed, o ritmo dos cortes tende a desacelerar. Ele também alertou para o potencial impacto das tarifas na economia e na inflação, destacando que interrupções na oferta — semelhantes às ocorridas durante a pandemia — podem intensificar as pressões inflacionárias. Nesse contexto, Goolsbee enfatizou a necessidade de monitorar atentamente os índices de preços ao produtor.
Brasil: O IGP-DI registrou alta de 0,11% em janeiro, após avançar 0,87% em dezembro. Com esse resultado, o índice acumula alta de 7,27% em 12 meses. No mesmo período de 2024, o IGP-DI havia recuado 0,27% e apresentava queda acumulada de 3,61% em 12 meses.
A desaceleração da inflação ao produtor foi influenciada pela redução nos preços de commodities essenciais, como soja, minério de ferro e milho. No varejo, a inflação permaneceu estável, com a queda nos preços de energia compensando os aumentos nos grupos de alimentação e transportes. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou, impulsionado pelos reajustes salariais no setor.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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