Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
Resumo do artigo Apesar desse resultado abaixo das expectativas, a…
Resumo do artigo
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A WEG reportou na manhã desta quarta-feira (30) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Os resultados ficaram abaixo de nossas estimativas e do mercado. As margens continuam pressionados e apresentaram queda tanto na comparação trimestral como anual e, diferente do último trimestre, as receitas também foram. Esperamos uma performance bastante negativa das ações da companhia no pregão de hoje.
A companhia apresentou crescimento de receitas de 25%, com destaque para o crescimento das receitas domésticas, enquanto as receitas internacionais cresceram 36%. Porém, se excluirmos as aquisições consolidadas durante o ano de 2024, esse número seria bem mais tímido e próximo dos 16%.
As margens brutas decepcionaram novamente, com uma piora do mix de produtos vendidos, com aumento da venda de equipamentos de Geração Distribuída e Centralizada — que tem margens menores — e o impacto de aumento de matérias primas. Em um cenário internacional mais desafiador, nos parece mais complexo o repasse desse aumento de preços para os consumidores, porém gostaríamos de escutar os executivos da companhia para mais detalhes, até mesmo porque presenciamos nos últimos 30 dias o começo de um processo de queda no preço de commodities metálicas.
O crescimento das despesas administrativas acima do crescimento da receita também é algo que estamos monitorando de perto. Entendemos que as aquisições iriam pressionar essa linha, mas esperamos que a companhia avance em processos de eficiência para que o crescimento de receita das aquisições seja maior que o avanço nessas linhas, tornando essas aquisições agregadoras de valor.
As discussões de margens voltarão a ser um dos principais tópicos discutidos no call de resultados da companhia. Além das margens, gostaríamos de mais detalhes no processo de integração das operações recém adquiridas nos EUA e uma visão da companhia sobre possíveis impactos sobre as tarifas impostas por Donald Trump.
Continuamos gostando do investimento na companhia. No entanto, o ambiente de curto prazo parece mais desafiador, com dúvidas sobre margens e os impactos de uma possível desaceleração da economia nos resultados da companhia tornando os próximos meses mais desafiadores.
No longo prazo, enxergamos que: (i) a empresa tem exposição direta e/ou indireta a tendências de forte crescimento do consumo de energia nos EUA e em outras geografias; (ii) tem se consolidado no setor de motores industriais e de ciclo longo, que tem margens maiores; e (iii) exposição a eletrificação no mercado brasileiro deve prevalecer e destravar um potencial maior de valorização para suas ações.
Preço Alvo | 61,50 |
Preço Atual | 50,47 |
Upside | 22% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 211 |
Ações Emitidas (mi) | 4.195 |
Free Float | 35,00% |
Semana | +9,15% |
Mês | +11,46% |
Ano | -4,36 |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.