Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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A Vivo reportou na noite desta segunda-feira (12) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Os números divulgados ficaram em linha com o que projetávamos. Junto com o resultado, a companhia trouxe atualizações sobre o processo de migração de sua Concessão para Autorização na prestação de serviços de Telefonia Fixa. Esperamos uma reação neutra aos números divulgados.
Durante o mês de abril, a companhia realizou um grupamento de suas ações, que foi seguido de um desdobramento.
Os números atualizados trouxeram as expectativas de capturar R$ 3 bilhões com a venda de cobre, dos cabos, e mais R$ 1,5 bilhão com a venda de propriedades. A companhia não trouxe nenhum prazo para que essas vendas fossem realizadas. Outro ponto importante foi a projeção da companhia de capturar todos os benefícios de eficiência — redução de custos de manutenção e comerciais — até 2028.
A Receita com Serviços Móveis (RSM) — que continua crescendo acima da inflação graças ao aumento da base com adições de novos clientes e upsell — cresceu 6,5% na comparação anual. O crescimento tem sido possível graças à maior migração de clientes dos planos pré-pagos para os pós-pagos
A Receita Fixa (internet, voz, IT) desacelerou seu crescimento em relação aos trimestres anteriores, com a Fibra crescendo 10,6% a/a — ante 12,4 % a/a no 4T24. Além disso, a Receita Média por Usuário se manteve nos mesmos patamares do trimestre anterior e, somada às adições líquidas que foram fortes, podem indicar que a companhia adotou campanhas promocionais para crescer.
A evolução de outros serviços digitais, que englobam uma gama de serviços para os clientes, continua crescendo em ritmo saudável. Apesar da pequena contribuição para o total, julgamos importante acompanhar a evolução dessa rubrica, pois acreditamos que será uma avenida importante para a companhia no futuro. Também é importante acompanhar a reação ao mercado ao crescimento dessa rubrica, que, apesar de ter margens menores — pode pressionar a margem global conforme ganhe relevância — tem uma necessidade de investimento bem menor.
Continuamos gostando do investimento em Vivo. Isso acontece por dois fatores: (i) modelo de negócio consolidado e em um mercado maduro; e (ii) forte geração de caixa e capacidade de remunerar os acionistas.
No entanto, entendemos que a tese pode passar por alguns desafios, pois: (i) a companhia negocia em múltiplos superiores aos seus pares globais e nacionais; (ii) apesar de ainda crescer suas receitas acima da inflação, esse crescimento tem desacelerado; (iii) o cenário competitivo parece estar mudando, com um concorrente adotando uma postura mais focado em ganhos de mercado que em rentabilidade; e (iv) Nu lançou em 2024 a sua entrada no mercado de telefonia, que nos parece tímida e com impactos pequenos no curto prazo, mas — como tudo que envolve o Nu — devemos acompanhar de perto a maturação dessa nova vertical, que pode, em algum momento, trazer a volta da competição e um mercado “irracional” para os players.
Preço Alvo | 31,00 |
Preço Atual | 27,20 |
Upside | 14% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 87 |
Ações Emitidas (mi) | 1.647 |
Free Float | 30,00% |
Semana | -1,23% |
Mês | +7,83% |
Ano | +19,32% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.