Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Santander divulgou nesta quarta-feira (29) pela manhã seus resultados do terceiro trimestre de 2025.
É importante ressaltar que os resultados passaram a incorporar a Resolução 4966 do Banco Central, que modifica como as instituições financeiras contabilizam a mensuração de ativos financeiros e as provisões para perdas esperadas. Desta forma, os números não são perfeitamente comparáveis na base anual.
No entanto, achamos que o resultado do Santander teve um qualitativo bom. O banco voltou a acelerar ligeiramente sua carteira de crédito e conseguiu manter qualidade, boa performance nas comissões e um excelente controle nas despesas operacionais. E, como o mercado tinha baixas expectativas para o banco, estes fatores ajudam a explicar a performance positiva das ações no pregão de hoje.
A parte ruim do resultado foi a performance bastante negativa da Margem Financeira com Mercado e a tarifa efetiva de impostos, que ficou em apenas 4,5%, foi a principal responsável pela surpresa positiva no lucro. Porém, considerando que não devemos ter outros resultados tão negativos com MFM, o net é positivo — ou seja, taxas efetivas maiores nos próximos trimestres e resultados melhores na MFM.
Na dinâmica de receita, vimos a margem financeira com os clientes atingindo R$ 16,55 bilhões, um crescimento de 11% a/a. As margens financeiras com o mercado apresentaram uma queda significativa de R$ 1,3 bilhão e pressionaram o resultado global.
As receitas com comissões foram destaque, com bom desempenho das receitas de Cartão, Seguros e Mercado de Capitais.
Sobre a qualidade de crédito, vimos a manutenção de patamares semelhantes ao trimestre anterior e uma ligeira piora em relação ao 3T24. Ainda assim, os níveis de inadimplência continuam em patamares confortáveis, com o contraponto de melhora nos spreads.
Enxergamos os resultados como bons e continuamos gostando do qualitativo do banco, com ganhos de principalidade, eficiência operacional e indicadores de créditos. No entanto, apesar de voltar a acelerar, o banco ainda cresce abaixo dos demais players.
No último resultado, comentamos que achávamos a reação dos mercados aos números reportados exagerada e nos parecia fazer sentido se expor às ações do banco naquele momento. Essa estratégia se mostrou acertada, com as ações do Santander se valorizando aproximadamente 17% desde os lows após a divulgação dos números do 2T25.
Agora, após essa performance, enxergamos o banco sendo bem precificado e entendemos que não faz sentido carregar posição no momento. Isso acontece pois, conforme falamos: (i) o banco cresce abaixo de seus pares; e (ii) parece ter atingindo o ROEA de equilíbrio.
| Preço Alvo | 33,50 |
| Preço Atual | 30,17 |
| Upside | 11% |
| Capitalização de Mercado (R$ bi) | 112 |
| Ações Emitidas (mi) | 3.818 |
| Free Float | 11,7% |
| Semana | +5,45% |
| Mês | +2,76% |
| Ano | +10,57% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.