Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
📄 Para conferir a análise em formato PDF, clique aqui.
O Santander divulgou nesta quarta-feira (30) pela manhã seus resultados do segundo trimestre de 2025.
É importante ressaltar que os resultados passam a incorporar a Resolução 4966 do Banco Central, que modifica como as instituições financeiras contabilizam a mensuração de ativos financeiros e as provisões para perdas esperadas, então os números não são perfeitamente comparáveis na comparação anual.
Achamos os resultados mistos, com a continuidade nas melhorias de eficiência operacional e manutenção da boa qualidade do crédito sendo contrabalanceadas por uma retração no crescimento da carteira de crédito e uma fraca margem financeira com o mercado.
Esperamos uma resposta negativa das ações da companhia no pregão de hoje. No entanto, com o ativo sendo negociado perto de seu valor patrimonial, devemos ter algum piso para tal correção.
Na dinâmica de receita, vimos a margem financeira com os clientes atingindo R$ 15,45 bilhões — um crescimento de 11 % a/a. A margem financeira com o mercado ficou negativa, o que acabou pressionando os resultados do banco.
Apesar da evolução nas margens com os clientes, a Carteira de Crédito apresentou estabilidade na comparação anual, que pode ser explicada por: (i) maior seletividade na concessão de créditos; (ii) retração no consignado público após o estabelecimento do novo teto, em que os bancos não remuneram o capital empregado; (iii) dúvidas sobre o IOF em operações de risco sacado.
As receitas com comissões foram fracas, com o bom desempenho das receitas de cartão sendo contrabalanceado por resultados mais fracos no braço de Mercado de Capitais.
Sobre a qualidade de crédito, vimos uma melhora em relação ao 1T25, sazonalmente pior, porém pior que o 2T24. Ainda assim, os níveis de inadimplência continuam em patamares confortáveis, com o contraponto de melhora nos spreads.
Enxergamos os resultados como mistos, continuamos gostando do qualitativo do banco, com ganhos de principalidade, eficiência operacional e indicadores de créditos. No entanto, a desaceleração no crescimento da Carteira de Crédito e os resultados piores do que esperávamos na Margem Financeira com o Mercado e nas Comissões devem pesar nas ações no pregão de hoje.
Assim, apesar dos números, o qualitativo tem nos chamado a atenção e temos gostado do que temos visto, com uma reação exagerada do mercado hoje nos parecendo um ponto interessante para compra. É importante lembrar que o banco negocia próximo do seu valor patrimonial, o que nos parece ser um piso de trading para as ações da companhia.
Preço Alvo | 33,50 |
Preço Atual | 26,27 |
Upside | 28% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 98 |
Ações Emitidas (mi) | 3.818 |
Free Float | 11,7% |
Semana | -0,19% |
Mês | -11,52% |
Ano | +10,57% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.