Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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A Petrobras reportou na noite de segunda-feira (12) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
A companhia reportou números mais ou menos alinhados com as expectativas que nós e o mercado tínhamos. Apesar da redução dos investimentos — ponto de atenção em relação ao último trimestre que possibilitou uma maior geração de caixa e o pagamento de um dividendo maior do que no 4T24 —, caso os níveis atuais sejam mantidos, as nossas projeções para o total de dividendos pagos em 2025 pode ser frustrada.
Temos dúvidas de como o mercado vai responder aos resultados, já que os números foram em linha. No entanto, caso a tese de consolidação de dividendos menores prevaleça, o que é uma possibilidade, a reação deveria ser negativa.
A companhia anunciou a remuneração trimestral aos seus acionistas. O pagamento será de R$ 11,7 bilhões, ou 0,909 centavos por ação — um DY de 2,87%.
Sobre os resultados: com os dados de produção e vendas já divulgados, as métricas de receita e EBITDA não costumam trazer grandes novidades — e foi isso que observamos. Os números de E&P foram o destaque, com melhor execução em preços e maiores volumes — para maiores detalhes sobre a produção da Petrobras no 1T25, você pode conferir nossa análise sobre o relatório de Produção e Venda da companhia (clique aqui).
Apesar dos melhores resultados apresentados, a companhia divulgou novamente aumento de seus custos de extração. Isso acende uma luz de alerta, porém esperamos que, com a maturação das novas plataformas, esse número volte a cair.
Sobre os investimentos, a aceleração que vimos no final de 2024 terminou e retornou para patamares mais normalizados. O atual nível de execução (US$ 4,1 bilhões), no entanto, pode indicar que a companhia trabalha com o guidance para o ano de 2025 em torno dos US$ 18,5 bilhões — o que impactaria em nosso dividendo projetado.
Apesar de continuarmos com uma visão construtiva para a Petrobras, os dados divulgados não esclarecem todas as dúvidas sobre qual vai ser o nível de investimentos da companhia. Esperamos ouvir mais detalhes durante o conference call de resultados para obtermos maiores esclarecimentos sobre o que foi divulgado.
Apesar disso, uma coisa nos parece clara: com o atual cenário — que é um pouco mais negativo para preços de petróleo — e com a companhia num processo acelerado de investimentos — que continua sendo realizado em E&P — devemos ter revisões sobre a capacidade da Petrobras em remunerar seus acionistas. Levando isso em consideração, estamos reduzindo nosso preço alvo paras a ações para R$ 38,50.
Preço Alvo | 38,50 |
Preço Atual | 31,65 |
Upside | 22% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 409 |
Ações Emitidas (mi) | 12.899 |
Free Float | 78,5% |
Semana | +6,71% |
Mês | -0,63% |
Ano | -12,54% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.