Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Itaú divulgou nesta terça-feira (04) pela noite seus resultados do terceiro trimestre de 2025.
Os números apresentados foram ligeiramente superiores às nossas expectativas, mas podemos questionar um pouco a qualidade, pois parte dessa superioridade veio das Margem Financeira com o Mercado.
Não nos entenda errado: os resultados continuam bons, ainda mais levando em consideração que o Itaú tem entregado números fortes trimestre após trimestre. No entanto, ao levarmos em consideração que as expectativas são altas e os múltiplos são os maiores frente aos concorrentes, não nos surpreenderia uma reação ligeiramente negativa ao que foi reportado.
O Banco atualizou suas projeções, elevando as estimativas para as margens financeiras com o mercado — passando de R$ 1~3 bi para R$ 3~3,5 bi —, com a manutenção do restante. Nossas estimativas já estavam próximas dos números atualizados e não esperamos uma reação positiva.
As margens financeiras apresentaram uma dinâmica mista, com evolução nas margens com o mercado e uma desaceleração no crescimento das margens com clientes — com menores spreads e mix sendo responsáveis por isso.
Sobre a qualidade de crédito, o trimestre não trouxe grandes alterações no quadro. A inadimplência acima de 90 se estabilizou em 2%, enquanto tivemos um evento corporativo que elevou a inadimplência entre 15 e 90 dias para 2% — excluindo esse efeito, os níveis se manteriam estáveis em 1,7%. O custo com o crédito (PDD) cresceu em linha com o crescimento da Carteira e atingiu R$ 9,15 bilhões, mantendo o patamar de 2,6% da Carteira Total.
Os serviços aceleraram no trimestre, com destaque para os bons números de Mercado de Capitais, adquirência e Seguros.
A parte de despesas ex-juros desacelerou o crescimento em relação ao trimestre anterior, mas ainda continua rodando acima da inflação, puxada principalmente pelo aumento das despesas com tecnologia. Apesar disso, o banco continua diminuindo o seu headcount e o número de agências — esperamos que, em algum momento nos próximos anos, essas decisões possibilitem o banco a ser ainda mais eficiente e aumentar a sua rentabilidade.
O Itaú continua carregando um excesso de Capital elevado, que — em cenário de normalização — poderia gerar um ROE ainda mais elevado. Esperamos que parte desse capital seja distribuído aos acionistas nos próximos meses.
Continuamos com o Itaú sendo nossa principal escolha entre os bancos incumbentes, mas entendemos que o valuation é mais esticado que os demais e tira um pouco do potencial de valorização de curto prazo. No entanto, entendemos que os próximos anos devem trazer evoluções importantes para a rentabilidade do banco, resultando na expansão dos lucros e demandando um prêmio ainda maior em comparação aos seus pares.
| Preço Alvo | 47,00 |
| Preço Atual | 39,96 |
| Upside | 18% |
| Capitalização de Mercado (R$ bi) | 391 |
| Ações Emitidas (mi) | 9.756 |
| Free Float | 50,00% |
| Semana | +3,70% |
| Mês | +5,80% |
| Ano | +43,79% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.