Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
Resumo do artigo Apesar desse resultado abaixo das expectativas, a…
Resumo do artigo
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A Iguatemi divulgou na noite desta terça-feira (29) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Os números reportados pela companhia vieram ligeiramente abaixo de nossas estimativas e a do consenso. Assim, esperamos um desempenho negativo das ações da companhia no pregão de hoje (30).
A companhia anunciou durante o trimestre que finalizou a aquisição das participações no Shopping Pátio Higienópolis e no Pátio Paulista, desembolsando R$ 700 milhões para aumentar a participação para 29% do primeiro e adquirir uma participação de 11,5% no segundo. Consideramos as aquisições como estratégicas, pois a Iguatemi aumentou sua participação em um dos melhores shoppings do país e adquiriu participação e passou a administrar um shopping em que enxergamos grande potencial para melhorias.
Na estratégia de otimizar a estrutura de capital e reciclar uma parte do portfólio, a companhia anunciou no começo do mês de abril que está vendendo 49% de sua participação no Market Place e no Galleria por R$ 500 milhões de reais, num cap rate médio de 9% — abaixo do que a companhia negocia hoje em Bolsa e em ativos que não estão entre as melhores performances do portfólio. Gostamos da estratégia e dos ativos que foram reciclados.
Os números operacionais reportados foram neutros, pois: (i) crescimento de vendas mesmas lojas de 6,3% a/a; (ii) evolução positiva de alugueis mesmas lojas de 5,9% a/a; (iii) forte redução do custo de ocupação para os lojistas, que atingiu 11,8%; e (iv) aumento da ocupação e redução da vacância.
Apesar dos números operacionais em linha com nossas projeções, tivemos um aumento relevante nas despesas administrativas e nas despesas financeiras, que acabaram prejudicando as últimas linhas dos resultados.
Os números reportados devem possibilitar que a companhia continue a repassar aumento nos preços dos alugueis nos próximos trimestres. Isso acontece pois: (i) IGP-M está positivo e os contratos são indexados; (ii) vacância baixa; (iii) custo de ocupação baixo; (iv) vendas estão crescendo; e (v) redução nos descontos aplicados. A Iguatemi, inclusive, divulgou que os novos contratos estão sendo assinados com ganhos reais relevantes em relação aos anteriores.
A Receita Operacional Líquida (NOI), que é a soma das receitas de locação e estacionamento menos as despesas de propriedades, apresentou crescimento de 9% a/a. O crescimento veio da diminuição das despesas com propriedade, que podem ser explicadas por uma maior ocupação e menores despesas com inadimplência.
Os resultados nos deixam bastante confortáveis com a tese da companhia. Nós enxergamos que: (i) a companhia negocia em múltiplos que julgamos interessantes; (ii) a reciclagem do portfólio tem sido bem feita; (iii) gostamos das novas aquisições e projetos de expansão; e (iv) há opcionalidades de desenvolvimento comercial e/ou expansão em ativos maduros.
Preço Alvo | 28,50 |
Preço Atual | 20,32 |
Upside | 40% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 5,79 |
Ações Emitidas (mi) | 297 |
Free Float | 71,30% |
Semana | +2,99% |
Mês | +9,84% |
Ano | +17,93% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.