Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Bradesco divulgou nesta quarta-feira (30), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao terceiro trimestre de 2025.
Os números reportados foram positivos. No entanto, temos dúvidas sobre como o mercado vai reagir, pois as expectativas eram elevadas — como a performance relativa das ações nos últimos dias indica.
Desta forma, não será surpreendente se o papel sofrer uma realização no dia de hoje.
Dito isso, caso o mercado reaja de maneira negativamente exagerada, acreditamos que pode ser um bom ponto de compra, já que agora — com as operações rodando melhor — temos como piso para as ações seu valor patrimonial.
Na dinâmica de receita, vimos a margem financeira com os clientes atingindo R$ 18,7 bilhões, um crescimento de 4,8% t/t e de 19% a/a, que foi possível graças a uma melhora no mix de crédito, volume e dias. As margens financeiras com o mercado tiveram retração na comparação anual, mas ainda se mantiveram positivas, contrastando com o resultado do Santander.
A PDD registrou aumento no trimestre, com alguns casos no Varejo obrigando o banco a realizar maiores provisões. Ainda assim, o Bradesco apresentou um crescimento saudável em suas Margens Financeiras Líquidas de 14,4% a/a.
As receitas com comissões continuam crescendo em ritmo saudável de 7% a/a, com destaque para Cartões e Seguros. A dinâmica de melhora nas receitas de cartão continua nos chamando atenção, pois pode indicar a volta da principalidade do banco frente aos clientes. O segmente de seguros continua reportando resultados bastante sólidos.
Sobre a qualidade de crédito, tivemos estabilidade em relação ao trimestre anterior. A inadimplência entre 15 e 90 dias caiu 10 bps, ficando em 3,4%, enquanto a inadimplência acima dos 90 dias ficou estável em 4,1% na comparação trimestral.
As despesas foram um ponto negativo, crescendo 3% t/t e 9% a/a, com a consolidação do Banco John Deere e da Cielo “sujando” a base de comparação. Além disso, o banco aumentou suas provisões para Contingências Jurídicas. O banco tem continuado na sua missão de se tornar mais eficiente, fechando agências e diminuindo o seu número de funcionários no trimestre. Ainda assim, vemos muito espaço para que esses números avancem, já que hoje o Índice de Eficiência do Banco roda na casa dos 50% — ante 38,4% do Itaú.
Conforme comentamos, os números apresentados hoje foram bons, com destaque para o crescimento da Margem Financeira Líquida ajustada ao risco — que indica que o banco parece ter acertado seus modelos para concessão de crédito.
Com a evolução dos resultados, estamos aproveitando para atualizar nosso preço alvo para o Bradesco de R$ 15,50 para R$ 19,00 e mantemos a recomendação neutra.
Os números de ontem são mais um passo do Bradesco na direção certa para recuperar sua rentabilidade e entendemos que, se o banco voltar a negociar abaixo de seu valor patrimonial, as ações são baratas.
Continuamos preferindo nos expor ao setor financeiro através do Itaú, mas desde o último resultados temos uma visão mais construtiva sobre o Bradesco. Ainda não vemos o banco chegando na rentabilidade de seu principal concorrente, porém agora conseguimos estabelecer um piso para sua ações — o que nos possibilita ser um pouco mais assertivos em calls mais táticos.
| Preço Alvo | 19,00 |
| Preço Atual | 18,83 |
| Upside | 1% |
| Capitalização de Mercado (R$ bi) | 193 |
| Ações Emitidas (mi) | 10.577 |
| Free Float | 58,0% |
| Semana | +5,73% |
| Mês | +6,44% |
| Ano | +65,18% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.