Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Banco do Brasil divulgou quinta-feira (14) pela noite seus resultados do segundo trimestre de 2025.
Como esperado, os números reportados foram ruins. O BB registrou uma queda pronunciada nos lucros e piora em todos os indicadores de crédito.
Apesar disso, é difícil prever como o mercado irá reagir aos números e projeções que o banco reportou. Isso acontece pois podemos ter o mercado se ancorando no piso da faixa de lucro — o que implicaria em múltiplos baixos, porém com um carregamento de dividendos baixos e dúvidas sobre como a carteira de crédito irá responder aos próximos meses. Nós reduziríamos exposição em caso de qualquer reação positiva do mercado.
Junto com o resultado, o banco divulgou suas novas projeções para o ano — o que a companhia deveria ter realizado com a divulgação dos números do 1T25. O BB revisou para baixo o lucro esperado para o ano para a faixa entre 21 e 25 bilhões de reais (vs 37-41 bi na projeção anterior), aumentando a PDD para R$ 53 – 56 bi (vs 38-42 bi).
As projeções nos parecem um pouco melhores do que o mercado estimava, o que poderia “animar” o mercado. Em nossa opinião, no entanto, dada as incertezas em relação a trajetória do crédito, elas parecem otimistas.
O banco também aproveitou para rebaixar o payout de dividendos para 30% do lucro líquido, o que no meio da faixa dos lucros projetados daria um dividend yield entre 5,5% e 6,5%.
Olhando o resultado, tivemos uma evolução nas margens financeiras, principalmente com clientes, explicado pelo aumento no volume da carteira e por spreads maiores. O banco ainda não tirou o pé do acelerador, o que, em nossa opinião, deveria ter sido feito.
Na parte de Receitas de Prestação de Serviços, os resultados também foram mais fracos graças as modificações da Res. 4.966.
Sobre a qualidade de crédito: no trimestre, os números mostraram novamente uma piora, conforme alertamos que poderia acontecer em nossas últimas análises. A inadimplência subiu para em 4,20% acima de 90 dias — a piora nos indicadores de inadimplência tem sido generalizada.
Sempre fomos um dos times mais negativos sobre os resultados de Banco do Brasil, mas não esperávamos que a deterioração fosse acontecer de maneira tão rápida como aconteceu. Independente disso, erramos ao não sermos mais vocais sobre os impactos que projetávamos.
Hoje o banco parece negociar em múltiplos atrativos. Apesar disso, temos dúvidas se o banco vai realmente entregar suas projeções e, por isso, continuamos neutros em relação aos papeis do BB. Também estamos aproveitando a oportunidade para baixar nosso preço alvo para R$ 22,50.
Entendemos que o Banco tem capacidade de recuperar seus resultados e voltar para um lucro mais próximo dos R$ 30-35 bilhões por ano, o que realmente tornaria os atuais múltiplos “muito descontados”. No entanto, conforme comentamos acima, hoje temos muitas dúvidas sobre o tempo que isso demandará e não temos visto o banco tomando os remédios amargos para acelerar essa retomada.
Preço Alvo | 22,50 |
Preço Atual | 19,85 |
Upside | 13% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 113,76 |
Ações Emitidas (mi) | 5.730 |
Free Float | 30,2% |
Semana | +4,75% |
Mês | -5,02% |
Ano | -17,02% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.