Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Banco do Brasil divulgou quinta-feira (15) pela noite seus resultados do primeiro trimestre de 2025.
Diferente dos últimos resultados — quando comentamos que a qualidade era ruim, mas os números estavam em linha com as estimativas —, dessa vez nem os números se salvaram. O resultado do banco veio 20% abaixo do que o consenso esperava e, com isso, esperamos uma reação bastante negativa aos números divulgados.
Com a divulgação dos resultados, o banco aproveitou para divulgar a remuneração complementar para os seus acionistas de R$ 0,33 por ação em JCP.
O Banco aproveitou também para colocar em revisão algumas de suas projeções para 2025. As novas projeções apontam para um ano ainda mais desafiador do que o esperado até mesmo por nós, que erámos pessimistas.
Os resultados, assim como os dos outros bancos, foi impactado pelas mudanças contábeis da Resolução 4.966. Porém, diferente de seus concorrentes, que tiveram impactos mínimos, o BB apresentou grandes alterações em como diversas linhas eram contabilizadas. Isso torna a comparação de resultados bem mais complexa.
Mesmo levando em consideração essas dificuldades na análise, quando olhamos a margem financeira líquida, o número foi muito fraco: uma retração anual de 7%, impactada principalmente pelas margens financeiras com o mercado. Tivemos um redução nos spreads das operações e uma piora no retorno ajustado ao risco.
Na parte de Receitas de Prestação de Serviços, os resultados também foram mais fracos graças as modificações da Resolução 4.966. Com ajustes, os números ficariam seriam de um crescimento de 4,5% — em linha com a inflação.
Os números do trimestre mostraram uma piora na qualidade de crédito, conforme alertamos em nossas últimas análise que poderia acontecer. A inadimplência subiu para 3,50% acima de 90 dias.
Conforme comentamos nos últimos três resultados do Banco do Brasil — e apesar do banco manter na época das divulgações um ROE acima dos 20% —, estávamos preocupados com a evolução dos resultados do banco pois a carteira de crédito estava crescendo e já acompanhávamos uma piora na qualidade do crédito. O resultado apresentando hoje transforma nossas previsões em realidade, com uma piora substancial nos resultados apresentados e uma queda na rentabilidade das operações.
Continuamos neutros em Banco do Brasil. Diferente de 2022 e 2023, os resultados têm apontado na direção oposta de seus concorrentes. O banco apresenta aumento da inadimplência e da renegociação de carteira, piora nos indicadores de inadimplência e Redução nos Índices de Cobertura — mesmo em um trimestre em que o banco aumentou de maneira relevante suas provisões.
Preço Alvo | 31,50 |
Preço Atual | 29,40 |
Upside | 7% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 170 |
Ações Emitidas (mi) | 5.730 |
Free Float | 30,2% |
Semana | -0,03% |
Mês | +6,33% |
Ano | +21,64% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.