Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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A Ambev reportou na manhã desta quinta-feira (30) seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025.
Os números divulgados foram mistos, com uma queda relevante nos volumes de cervejas no Brasil — principal unidade de negócio — sendo contrabalanceado por uma melhora nas margens das operações. A performance positiva dos papéis no pregão de hoje pode ser explicada pela surpresa positiva na rentabilidade e pelas expectativas muito baixas do mercado já embutidas nos papéis.
Diferente dos últimos trimestres, quando a companhia distribuiu rendimentos para os acionistas, desta vez a companhia anunciou um novo programa de recompra de até 208 milhões de ações (1,35% das ações).
Como esperávamos, a decisão de precificação da companhia e as temperaturas mais frias derrubaram os volumes de cerveja no Brasil em 7,7%. Esta é uma queda relevante e que torna as próximas rodadas de aumentos sensíveis, pois o mercado continua com uma competição acirrada e os consumidores tem sofrido com a renda disponível.
A companhia reafirmou as suas estimativas para o crescimento de seus custos, o que indicaria uma pressão em suas margens, que até agora tem se mantido. E agora, qual será a decisão adotada pelo time de gestão nos próximos meses? A política de preço vs. volume parece ter funcionado bem para o segmento premium, mas os impactos nas outras marcas parece ter sido demasiado.
A unidade de Cervejas Brasil, quase metade do EBTIDA, apresentou um resultado fraco com volumes caindo 7,7%. O clima teve impactos no consumo, mas — em nossa opinião, como comentado acima — a política de aumento de preços teve impacto mais relevante. Essa dinâmica é o que nos faz ser mais conservadores com a tese, pois entendemos que o mercado é penetrado e sem grandes diferencias, o que torna a competição complexa.
A performance positiva na rentabilidade da operação foi destaque, com a companhia “lutando” contra queda no volume e receita com ganhos de eficiência operacional que levaram as margens para cima, em patamares que nos surpreenderam.
O lucro também foi uma “surpresa” positiva, porém bastante poluído, com eventos não recorrentes e uma taxa efetiva de imposto bastante baixa. Limpando esses efeitos, ainda temos uma surpresa, mas bem mais em linha com o mercado.
Continuamos com uma visão neutra para as ações da companhia. Isso acontece pois: (i) não temos uma definição clara de uma política de dividendos; (ii) mercado continua altamente competitivo e a companhia tem dificuldades em estabelecer suas principais marcas; e (iii) baixo crescimento deveria resultar em múltiplos mais baixos.
| Preço Alvo | 14,50 |
| Preço Atual | 12,03 |
| Upside | 21% |
| Capitalização de Mercado (R$ bi) | 189 |
| Ações Emitidas (mi) | 15.757 |
| Free Float | 29,00% |
| Semana | +2,22% |
| Mês | +2,65% |
| Ano | +7,24% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.