Monte Bravo Analisa — Produção e Venda Petrobras 1T25

30/04/2025 • 2 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Esperamos que os próximos trimestres tenhamos uma produção maior, com a evolução das novas plataformas, com destaque para Almirante Tamandaré e Marechal Duque de Caxias e o inicio de produção no FPSO Alexandre Gusmão.

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A Petrobras reportou na noite desta terça-feira (29) seu Relatório de Produção e Vendas para o primeiro trimestre de 2025.

Os números não costumam trazer grandes surpresas, já que é possível acompanhar a evolução de produção do trimestre com as atualizações mensais da ANP sobre a produção nacional.

Produção: A produção de óleo, LGN e gás natural atingiu 2,77 mb/d. um aumento de 5,5% ante o trimestre passado, com a entrada em operação de novas plataformas e menos paradas para manutenção contribuindo para o crescimento. É importante destacar que a maior plataforma em operação pela companhia —  a FPSO Almirante Tamandaré, com capacidade de produzir 225kbd — entrou em operação no trimestre.

O pré-sal continua sendo destaque, atingindo 67% do óleo extraído pela companhia no trimestre. Esperamos que os próximos trimestres tenhamos uma produção maior, com a evolução das novas plataformas, com destaque para Almirante Tamandaré e Marechal Duque de Caxias e o inicio de produção no FPSO Alexandre Gusmão.

Refino e Vendas: A companhia manteve seu parque de refino com alto fator de utilização por mais um trimestre, com a utilização atingindo 90%. A produção foi 6% inferior ao trimestre anterior — pois existe um consumo menor devido à sazonalidade do final do ano e porque a companhia realizou uma parada para a modernização de uma de suas unidades produtivas na RNEST.

Esperamos uma reação neutra ao Relatório de Produção. As atenções estarão voltadas para os números do 1T25, que serão divulgados no dia 12 de maio após o fechamento do pregão. Esperamos que, junto com a divulgação dos resultados, a companhia anuncie seus dividendos intercalares e estamos projetando um dividend yield de 3,0% a 3,5%.

Continuamos com uma visão construtiva para a Petrobras, pois (i) vemos a companhia mantendo os sólidos resultados operacionais; (ii) forte geração de caixa; e (iii) dificuldades em realizar todo seu plano de investimento, o que resulta em mais caixa para ser distribuído — ponto que começamos a olhar com mais atenção após o Capex muito acima do que projetávamos no 4T24.

Apesar de positivos com a tese, nossos receios de uma correção nos preços do óleo se concretizaram. É verdade que esperamos que a correção fosse menor e viesse de fatores estruturais, como o aumento da produção global com uma ligeira queda na demanda, e não por questões tarifarias que desencadearam receio de uma recessão global.

Nos atuais preços do óleo, entendemos que boa parte dos receios já estão precificados. No entanto, entendemos que — caso uma forte desaceleração da economia se concretize — os preços poderiam sofrem mais um pouco, o que acabaria impactando as ações da companhia.

Petrobras (PETR4) — Compra

Preço Alvo43,50
Preço Atual30,56
Upside42%
Capitalização de Mercado (R$ bi)409
Ações Emitidas (mi)12.899
Free Float78,50%


Performance

Semana-2,52%
Mês-17,76%
Ano-16,89%

Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.

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