Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Assaí divulgou na noite desta quinta-feira (08) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Os números reportados ficaram em linha com nossas estimativas e a do consenso. A companhia apresentou uma boa performance operacional e a continuidade no seu processo de desalavancagem.
Junto com o resultado, a companhia revisou suas perspectivas de aberturas de lojas para 2026, de 20 para 10 praças. Isso mostra que a companhia está focada em desalavancar o seu balanço para, depois, voltar a planejar uma nova fase de crescimento.
Entrando nos detalhes, a companhia divulgou um crescimento de 8% na receita. A alta se justifica com a inauguração de algumas lojas e uma aceleração em vendas mesmas lojas, que cresceu 5,5% a/a — abaixo da inflação de alimentos no ano.
Apesar da desaceleração em vendas, continuamos vendo uma dinâmica positiva em margens, com a companhia acelerando o processo de maturação das suas operações através da adição de mais serviços em suas lojas e políticas de descontos contidas. Com isso, as margens brutas da operação atingiram 16,5%, o que refletiu em uma melhoria de suas margens EBITDA graças ao bom controle de despesas.
A maturação das lojas Extra convertidas continua logrando frutos positivos. A primeira leva de lojas, inauguradas em 2022, está operando com vendas 27% superiores às aberturas orgânicas pré-2022 e com margens 0,8 p.p. maiores ao registrado no 1T24.
A segunda leva de conversões, inauguradas em 2023, ainda está em processo de maturação e deve seguir a mesma tendência de melhora na rentabilidade que as lojas “legadas”.
Em relação à alavancagem, a companhia continua em seu processo de desalavancagem, com o índice atingindo 3,15X Dívida Líquida/EBITDA. Nós esperamos que o indicador volte a operar abaixo de 2,6X em 2025.
Em nossa visão, diferente de seus concorrentes, o Assaí tem focado em manter a rentabilidade de suas operações — margem brutas continuam crescendo — e tem evitado políticas de parcelado sem juros — piora a dinâmica de conversão de caixa e atrapalha o processo de desalavancagem. Isso nos parece ser a decisão acertada, mas mostra que o cenário competitivo continua bastante desafiador para empresas de varejo de alimentos.
Continuamos confortáveis com a tese de Assaí. Isso acontece pois: (i) companhia continua focada em resolver sua estrutura de capital; (ii) foco na execução; (iii) rentabilidade em primeiro lugar; (iv) parque de lojas é melhor que de seus concorrentes; (v) aceleração da inflação de alimentos nos próximos trimestres; e (vi) maturação das lojas convertidas.
Apesar de estarmos confortáveis com a tese, entendemos que existem desafios de curto prazo — principalmente por conta do cenário bastante competitivo no segmento. Isso acaba por tornar a competição complexa e o cenário de curto prazo mais incerto.
Preço Alvo | 10,00 |
Preço Atual | 9,40 |
Upside | 6% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 12,00 |
Ações Emitidas (mi) | 1.352 |
Free Float | 58,7% |
Semana | +2,29% |
Mês | +14,63% |
Ano | +66,96% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.