Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os mercados de risco encerraram a semana em torno de máximas históricas, à medida que os investidores digerem o corte de juros promovido pelo Federal Reserve e avaliam os próximos passos da política monetária norte-americana.
Nos EUA, o mercado acionário avançou de forma consistente: o S&P 500 subiu 1,20%, o Dow Jones ganhou 1,00% e o Nasdaq, com forte peso de tecnologia, disparou 2,20%. O índice Russell 2000, voltado a empresas de menor capitalização, também registrou alta de 2,20%.
Esses movimentos vieram após o Fed reduzir sua taxa básica em 25 pontos base na semana passada. A decisão, amplamente esperada, foi interpretada como uma guinada branda, em meio a sinais crescentes de desaceleração no mercado de trabalho.
Os mercados de juros já embutem mais dois cortes de 25 p.b. até o fim do ano. As taxas dos Treasuries nos EUA estão estáveis, com o Treasury de 10 anos negociando a 4,13% e a de 2 anos em 3,57%. Já a taxa de 30 anos segue em 4,74%.
O dólar recua discretamente, com investidores atentos aos discursos de dirigentes do Fed ao longo da semana, que podem trazer novas pistas sobre os rumos da política monetária. O índice do dólar (DXY) cede 0,1% para 97,50.
O ouro renovou a máxima histórica nesta segunda-feira (22). O preço do ouro à vista sobe 1,10%, cotado a US$ 3.723,81 por onça, após atingir US$ 3.726,19 no pico da sessão.
Os preços do petróleo operam próximos da estabilidade. O contrato futuro do Brent, que tem oscilado entre US$ 65,50 e US$ 69,00 por barril desde o início de agosto, recua US$ 0,12 (0,20%) para US$ 66,56 por barril.
Os mercados acionários da Ásia encerraram o pregão de forma mista, com investidores reagindo à decisão de juros na China. O Banco Popular da China manteve a taxa LPR de um ano em 3,00% e a de cinco anos em 3,50%, conforme esperado.
O índice CSI 300 subiu 0,46%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,76%. O índice Nikkei 225, referência no Japão, avançou 0,99%. Os títulos soberanos japoneses de 10 anos subiram 0,67% e atingiram 1,65%, o maior nível desde julho de 2007.
As ações de tecnologia na Índia recuaram quase 3% nesta segunda, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar na noite de sexta-feira (19) uma taxa de US$ 100 mil para novos vistos H-1B, destinados a trabalhadores estrangeiros altamente qualificados. Dos cerca de 400.000 vistos H-1B emitidos em 2024, 71% foram concedidos a cidadãos indianos.
No fim de semana, houve confusão em torno do status dos vistos H-1B nos Estados Unidos. O secretário de Comércio, Lutnick, e a porta-voz da Casa Branca emitiram sinais contraditórios sobre a proposta de taxa de US$ 100 mil. Embora o ruído de curto prazo não tenha impacto econômico relevante, a redução de trabalhadores migrantes qualificados — em um cenário de quase pleno emprego doméstico — pode comprometer o crescimento no longo prazo.
Na Europa, as bolsas operam em baixa nesta manhã de hoje. O índice pan-europeu STOXX 600 recua 0,50%. Nos Estados Unidos, os futuros de ações também registram queda.
No Brasil, o Ibovespa fechou em alta de 0,25% na sexta-feira, alcançando novo recorde de 145.865 pontos. O dólar fechou em alta de 0,20%, cotado a R$ 5,321, enquanto os juros fizeram um leve ajuste para cima nas taxas.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não houve divulgação de eventos relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |