Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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A Lojas Renner divulgou na noite desta quinta-feira (07) seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2025.
Os números reportados ficaram bem acima das nossas perspectivas e as do mercado. Os bons resultados foram puxados, novamente, por melhoras em suas unidade de varejo, com aceleração nas vendas e melhora na rentabilidade.
Esperamos uma reação positiva das ações da companhia no pregão de hoje (08).
Entrando nos detalhes: a companhia apresentou bom crescimento de 18,5% em sua receita líquida no braço de varejo, puxado por melhores volumes e maior tráfico — já que o ticket médio teve crescimento modesto de apenas 6% no trimestre. As vendas mesmas lojas foram destaque e cresceram 17,3% a/a, lembrando que a base de comparação era fraca.
As margens brutas também foram destaque com crescimento de 90 pontos base e atingindo 57,1% no trimestre, resultados de um melhor sortimento nas lojas e menos descontos.
Com a melhora na margem bruta e o ganho de alavancagem operacional, a companhia voltou a apresentar expansão tanto de seu EBITDA como de suas margens. O EBITDA tendo expansão de 22% e as margens um crescimento de 60 p.b.
O braço de crédito, a Realize, continua contribuindo para o resultado. É importante lembrar que a política de concessão de crédito da companhia se tornou mais restritiva após o desastre de 2022/23. Isso tornou o apetite por crédito da companhia mais comedido, mas, como contrapartida, uma operação que consegue alimentar a máquina de vendas da companhia e se manter rentável. Essa calibragem é muito complexa, e gostamos de acompanhar de perto essas operações na tentativa de nos adiantarmos a pioras na dinâmica.
A estrutura de capital da companhia continua bastante tranquila. A Renner hoje é uma das poucas empresas brasileiras no varejo que tem mais caixa do que dívida.
Apesar de estarmos confortáveis com a tese de Renner hoje, entendemos que o segmento que a companhia opera tem sido um dos mais complexos nos últimos anos. Isso acontece por alguns fatores: (i) entrada de plataformas internacionais no mercado; (ii) revolução no marketing e na maneira de promover novas coleções; (iii) competição de fintechs no nicho de crédito que operava; (iv) desafio de lançar novas coleções graças às oscilações de temperatura dentro de uma mesma estação; e (v) maior penetração de e-commerce.
Aproveitamos os resultados para atualizar nossos números e elevar o preço alvo das ações da varejista para R$ 20,50.
Preço Alvo | 20,50 |
Preço Atual | 18,04 |
Upside | 14% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 19 |
Ações Emitidas (mi) | 1.059 |
Free Float | 100,0% |
Semana | +9,33 |
Mês | -6,53% |
Ano | +50,33% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.