Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Nos EUA, os mercados futuros apontam para uma recuperação após a forte queda pós-relatório de empregos. O sentimento, no entanto, mudou diante dos dados mais fracos (ver análise abaixo).
Agora, o mercado passou a embutir entre 2 e 3 cortes de 0,25 ponto percentual esse ano — em linha com nosso cenário que tem 0,75 p.p. de cortes.
Os mercados globais mantêm um tom cautelosamente otimista, impulsionados por avanços nas negociações comerciais, mas ainda cercados por incertezas.
As taxas dos Treasuries dos EUA mantêm-se estáveis em meio a preocupações com a saúde da economia americana e as novas tarifas anunciadas por Trump. Os juros dos títulos de 10 anos estão em 4,24%, enquanto os de 30 anos subiram para 4,84% e os de 2 anos estão em 3,71%.
O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de moedas — incluindo o iene e o euro —, recuava 0,30% no dia, cotado a 99,80.
Os preços do ouro caem com investidores realizando lucros após forte alta na sessão anterior. O ouro à vista recua 0,30%, negociado a US$ 3.354,17 por onça.
Os preços do petróleo também cedem, após a Opep+ concordar com um novo aumento expressivo na produção em setembro, embora operadores sigam atentos a possíveis sanções adicionais contra a Rússia. Os contratos futuros do Brent caem US$ 0,85, ou 1,20%, para US\$ 68,82 por barril.
Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram majoritariamente em alta nesta segunda-feira (04). O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,92%, enquanto o CSI 300 da China continental avançou 0,39%. O Nikkei 225 do Japão encerrou o dia com alta de 1,25%.
As bolsas europeias abriram em tom positivo, acompanhando os futuros de ações dos EUA.
Na sexta-feira (01), por aqui o Ibovespa encerrou em queda de 0,48%, a 132.437,00 pontos. O dólar comercial encerrou em queda de 1,01%, a R$ 5,54. As taxas futuras encerraram em queda ao longo de toda a curva.
EUA: A economia registrou abertura de apenas 73 mil empregos em julho, bem abaixo das expectativas do mercado. Além disso, os dados de maio e junho foram revisados para baixo em um total de 258 mil vagas, com destaque para o setor público — especialmente a educação estadual e local. No setor privado, os maiores cortes ocorreram em serviços profissionais, comércio varejista, lazer e construção. Apesar disso, o setor de saúde foi o principal motor do emprego no mês (+73 mil). O índice de difusão de contratações melhorou em junho, mas a média trimestral segue bem abaixo dos níveis anteriores à pandemia, sugerindo um mercado de trabalho mais fraco e desigual.
A taxa de desemprego subiu para 4,25% em julho, refletindo uma queda de 260 mil no número de pessoas empregadas e recuo na taxa de participação, agora em 62,2%. O número de pessoas com múltiplos empregos caiu acentuadamente, contribuindo para a retração no emprego doméstico ajustado. O subemprego também aumentou, atingindo 7,9%. Os salários por hora subiram 0,33% no mês e 3,91% em relação a 2024, com ganhos maiores no varejo e setor financeiro, enquanto manufatura e serviços públicos mostraram crescimento mais fraco.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |