Informe Semanal
03/02/2025 • 3 mins de leitura
Investidores digerem semana movimentada no mercado global
Cenário global A semana foi de bastante volatilidade no mercado…
Os mercados globais encerraram a semana em alta após o presidente Trump intermediar um cessar-fogo entre Israel e Irã. Isso foi suficiente para que os mercados relegassem os riscos geopolíticos ao segundo plano e voltassem o foco para a trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos.
Nos EUA, a inflação contida até o momento reflete, sobretudo, um ajuste lento da economia real ao choque tarifário. O Fed, no entanto, parece dividido quanto ao risco predominante: inflação ou perda de dinamismo. No nosso cenário base, a incerteza gerada pela conduta errática de Trump — mais até do que as tarifas em si — deve provocar uma desaceleração nítida da atividade nos próximos meses, abrindo espaço para cortes na taxa dos Fed Funds no final do terceiro trimestre.
No Brasil, a ata do Copom reforçou a intenção do Banco Central de interromper o ciclo de alta dos juros, bem como a estratégia de mantê-los em território restritivo por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação.
O país enfrenta um grave desequilíbrio econômico, com uma política fiscal expansionista estimulando uma economia que já opera acima do seu potencial. Esse descompasso se manifesta em três frentes: (i) inflação muito acima da meta; (ii) mercado de trabalho superaquecido, com salários crescendo muito acima da produtividade; e (iii) déficit em transações correntes superior a 3,00% do PIB.