IPCA-15 de maio tem resultado benigno, com surpresas favoráveis no índice cheio e núcleos.

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Por: Monte Bravo
27/05/2025 • 3 mins de leitura

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  • ‘Prévia da inflação’ subiu 0,36% em maio, abaixo das projeções;
  • Deflação em eletrodomésticos e passagens aéreas foram as principais causas da surpresa positiva;
  • Apesar da desaceleração, trajetória dos núcleos em 12 segue pressionada;
  • Com a divulgação do IPCA-15, projetamos alta de 0,33% para o IPCA de maio.

O IPCA-15 de maio registrou alta de 0,36%, ficando abaixo da nossa expectativa e do consenso do mercado.

A ‘prévia da inflação’ teve resultado benigno, com surpresas favoráveis no índice cheio e nos núcleos de inflação. O resultado do IPCA-15 reforça o cenário de estabilidade da taxa de juros na próxima reunião do Copom, em junho, com a taxa Selic mantida em 14,75% a.a. por um período prolongado.

A surpresa positiva veio das deflações nos preços de eletrodomésticos e passagens aéreas, além da menor pressão dos segmentos de serviços e alimentos.

Os núcleos também mostraram desaceleração na margem, com destaque para o núcleo de serviços, que vinha pressionado desde o início do ano. O núcleo de bens também perdeu força em maio, refletindo um repasse menor da depreciação cambial aos preços.

Os alimentos tiveram um comportamento favorável, com reversão da alta de itens como arroz e tubérculos. Vestuário seguiu pressionado com os reajustes sazonais de mudança de estação.    

Os núcleos ficaram abaixo do esperado, com alta de 0,40% em maio. No acumulado de 12 meses, a variação passou de 5,0% em abril para 5,1% em maio.

O núcleo de bens desacelerou na margem, passando de 0,78% em abril para 0,50% em maio. No acumulado de 12 meses, subiu de 3,4% em abril para 3,7% em maio.

Os serviços ficaram menos pressionados devido à deflação de 11,8% de passagens aéreas. O núcleo de serviços, excluindo passagens aéreas, registrou menor pressão com alta de 0,45% em maio — com destaque para a menor pressão de serviços de reparos e manutenção, assim como o arrefecimento de gastos com entretenimento.

Em termos anuais, o núcleo de serviços seguiu a trajetória de alta, passando de 6,4% em abril para 6,6% em maio. Embora o núcleo tenha arrefecido na margem, a trajetória em 12 meses segue bastante pressionada e foi um dos itens citados pelo Banco Central no balanço de riscos para a inflação.

Projetamos alta de 0,33% no IPCA em maio, refletindo a continuidade do comportamento benigno dos alimentos, menor repasse da depreciação cambial e dinâmica controlada dos preços de serviços.

Por:

Alexandre MathiasLuciano CostaBruno Benassi
Estrategista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Economista-chefe
da Monte Bravo Corretora
Analista de Ativos
CNPI: 9236
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