Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
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Os mercados globais iniciaram a segunda-feira (12) em forte alta. O movimento acontece após Estados Unidos e China concordarem em reduzir temporariamente tarifas.
A redução das tensões entre China e EUA, com cortes tarifários válidos por 90 dias, diminui a procura por ativos de proteção, como o ouro, e impulsiona o apetite por risco. O petróleo avança 4%, o dólar se valoriza 1,20%, os futuros do S&P 500 sobem 3,10% e os futuros do Nasdaq-100 ganham 4,10%.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que as conversas com a China foram “muito produtivas” e que ambos os países concordaram em reduzir as tarifas “recíprocas”. Com isso, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses caem para 30% e as tarifas chinesas sobre importações dos EUA recuam para 10% — um movimento que indica uma trégua significativa nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
O acordo comercial prevê que as tarifas “recíprocas” entre os dois países sejam reduzidas de 125% para 10%. As tarifas de 20% impostas pelos EUA a produtos chineses relacionados ao fentanil continuam em vigor, fazendo com que a tarifa total dos EUA sobre a China permaneça em 30%.
As taxas de juros dos Treasuries disparam com a expectativa de que um acordo temporário entre China e EUA possa afastar o risco de recessão. A taxa de juros do Treasury de 10 anos subiu 7 pontos base, para 4,44%, enquanto a do título de 2 anos saltou mais de 10 p.b., para 3,99%.
O dólar disparou e o índice DXY subiu 1,20%, atingindo o maior nível em mais de um mês. Ainda assim, o índice segue 2,40% abaixo do nível de 2 de abril, data do anúncio das tarifas de Trump.
O ouro caiu 3% nesta segunda, atingindo o menor patamar em mais de uma semana. O ouro à vista recua 3,10%, cotado a US$ 3.222,59 por onça, o menor nível desde o dia 1º de maio.
Os contratos futuros do petróleo avançam 4% hoje. O petróleo WTI nos EUA sobe 4,10%, para US$ 63,50 por barril. O Brent, referência global, ganha US$ 2,33, ou 3,65%, cotado a US$ 66,24 por barril.
Os mercados da Ásia fecharam em alta. As ações em Hong Kong lideraram os ganhos na região, com o índice Hang Seng subindo 2,98%. Na China continental, o índice CSI 300 subiu 1,16%.
As ações indianas também registraram fortes ganhos após o cessar-fogo entre Índia e Paquistão no fim de semana.
As bolsas europeias iniciaram a semana em alta, com o índice pan-europeu STOXX 600 avançando 2%.
Na sexta-feira (09), o Ibovespa teve leve alta de 0,20%, aos 136.512 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,20%, cotado a R$ 5,65.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
Não divulgação de indicadores relevantes.
Por:
Alexandre Mathias | Luciano Costa | Bruno Benassi |
Estrategista-chefe da Monte Bravo Corretora | Economista-chefe da Monte Bravo Corretora | Analista de Ativos CNPI: 9236 |