Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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A Lojas Renner divulgou na noite desta quinta-feira (08) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.
Os números reportados ficaram bem acima das nossas perspectivas e das projeções do mercado. Os bons resultados foram puxados por melhoras em suas unidade de varejo — com margens melhores — e bons resultados em seu braço financeiro.
Nós esperamos uma reação positiva das ações da companhia no pregão desta sexta-feira (09).
O resultado divulgado é uma resposta aos questionamentos que nós e o mercado tínhamos sobre o nível de rentabilidade das operações. Esses questionamentos foram reforçados após um 4T24 bastante fraco da companhia.
Entrando nos detalhes: a companhia apresentou bom crescimento em sua receita líquida no braço de varejo de 12% — puxado por melhores volumes e maior tráfego, já que os ticket médio teve crescimento modesto de apenas 3% no trimestre. As vendas mesmas lojas foram destaque e cresceram 10,8% a/a.
As margens brutas também foram destaque com crescimento de 60 pontos base e atingindo 55,1% no trimestre. As margens são resultado de um melhor sortimento nas lojas e menos descontos, que atingiram o menor nível nos últimos 10 anos.
Com a melhora na margem bruta e o ganho de alavancagem operacional, a companhia voltou a apresentar expansão tanto de seu EBITDA como de suas margens. O EBITDA da Renner teve uma expansão de 32% e as margens crescimento cresceram 243 p.b.
O braço de crédito, a Realize, continua contribuindo para o resultado — é importante relembrar que durante alguns trimestres, após uma safra de crédito não muito bem ajustada, a operação rodou no negativo. Agora, após a ressaca e com a operação melhor ajustada e com melhores modelos de concessão de crédito, vemos ela voltando a alavancar o resultado com números positivos e também alavancando as vendas. A linha aqui é muito tênue, e precisa ser muito bem tocada para não cruzar a limite entre a rentabilidade dessa operação e a maximização das vendas da companhia.
A estrutura de capital da companhia continua bastante tranquila. A Renner é hoje uma das poucas empresas brasileiras no varejo que tem mais caixa do que dívida.
Apesar de estarmos confortáveis com a tese de Renner hoje, entendemos que o segmento em que a companhia opera tem sido um dos mais complexos nos últimos anos. Isso acontece por conta de alguns fatores, como: (i) entrada de plataformas internacionais no mercado brasileiro; (ii) revolução no marketing e na maneira de promover novas coleções; (iii) competição de fintechs no nicho de crédito em que operava; (iv) desafio de lançar novas coleções graças às oscilações de temperatura dentro de uma mesma estação; e (v) maior penetração de e-commerce.
Preço Alvo | 17,50 |
Preço Atual | 15,44 |
Upside | 13% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 15 |
Ações Emitidas (mi) | 1.059 |
Free Float | 100,0% |
Semana | +5,68% |
Mês | +21,00% |
Ano | +27,39% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.