Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
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O Bradesco divulgou nesta quarta-feira (07) após o fechamento do mercado seu resultado referente ao primeiro trimestre de 2025.
Conforme explicamos na análise do resultado do Santander (clique aqui), algumas mudanças contábeis foram promovidas e entraram em vigor neste trimestre, o que dificulta a comparação de algumas métricas importantes.
Apesar disso, os números reportados foram bons e acima do que nós e o mercado projetávamos. Por esse motivo, e por conta da performance fraca das ações nos últimos pregões, esperamos uma reação bastante positiva.
Mesmo com a divulgação de bons números, o banco manteve suas projeções para 2025 mostrando conservadorismo da nova gestão. Nós apreciamos essa postura, já que o Bradesco passa por uma transformação relevante, em um momento de desafios macro e com mudanças contábeis que tornam as análises mais complexas.
Na dinâmica de receita, vimos a margem financeira com os clientes atingindo R$ 17,23 bilhões, um crescimento de 3,8% t/t e de 13,7% a/a. O destaque, porém, foi a normalização das despesas com crédito (PDD), que tiveram aumento de 2,4 % t/t, em linha com o crescimento da carteira, e queda de 2,2% a.a. Isso permitiu que a margem financeira líquida subisse 0,6 % t/t e 30,6 % a.a. Além da redução das despesas com crédito, a melhora do MIX de crédito, com aceleração em Pequenas e Médias Empresas e PF, ajuda a explicar o resultado.
As receitas com comissões continuam crescendo em ritmo saudável de 10 % a/a, com destaque para Cartões e Mercado de Capitais. A dinâmica de melhora nas receitas de cartão continua nos chamando atenção já que pode indicar a volta da principalidade do banco com seus clientes. O segmento de seguros continua reportando resultados bastante sólidos.
Sobre a qualidade de crédito, sentimos falta da apresentação dos dados de inadimplência entre 15 e 90 dias. No entanto, os dados acima de 90 dias tiveram uma piora mínima de 10 pontos base, para 4,10%, e está abaixo dos padrões de sazonalidade para o 1T.
Conforme comentamos, os números apresentados hoje foram bons, com destaque para o crescimento da Margem Financeira Líquida ajustada ao risco, o que indica que o banco parece ter acertado seus modelos para concessão de crédito. Os bons resultados no “core” do banco e a ausência de surpresas negativas — já que tivemos resultados em linha em Serviços e um bom controle de despesas ex-juros — fizeram a qualidade do resultado nos surpreender. Por esse motivo, esperamos uma performance positiva das ações no pregão de hoje (08).
Os números de ontem são mais um passo do Bradesco na direção certa para recuperar sua rentabilidade, porém é importante lembrar que a operação continua rodando com um ROE abaixo do Custo de Capital. Além disso, temos dúvidas sobre qual será esse número no equilíbrio, já que as frutas baixas normalmente são mais fáceis de serem alcançadas e o banco demorou para entregar uma melhora de rentabilidade consistente.
Nós entendemos que, negociando abaixo do valor patrimonial, as ações são baratas. Apesar disso, preferimos adicionar risco nas carteiras de nossos clientes em outros segmentos que não o Financeiro.
Preço Alvo | 15,50 |
Preço Atual | 13,04 |
Upside | 19% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 140 |
Ações Emitidas (mi) | 10.597 |
Free Float | 58,0% |
Semana | -3,41% |
Mês | +8,49% |
Ano | +12,80% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.