Monte Bravo Analisa — Resultado PRIO 1T25

07/05/2025 • 2 mins de leitura

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A PRIO divulgou na noite desta terça-feira (06) seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025.

No entanto, como é comum das empresas de óleo e gás, a companhia já havia divulgado seus dados de produção ao longo do 1T25. Esses dados são divulgados mensalmente, o que muitas vezes torna os resultados menos relevantes. Desta forma, apesar de uma ligeira surpresa ante nossas projeções e do consenso de mercado, não esperamos que os números reportados façam grande diferença.

Isso não quer dizer que outras informações divulgadas junto com os resultados do 1T25 não possam melhorar a visão dos investidores sobre as ações da companhia. A companhia trouxe atualizações importantes sobre Wahoo, que está em processo de perfuração de dois poços que depois serão interligados a Fadre — essa operação ainda precisa de autorização do Ibama. Além disso, a PRIO trouxe noticias mais animadoras sobre a eficiência de suas operações, com Albacora Leste voltando a operar com maiores níveis de eficiência.

É importante ressaltar também que, no dia 2 de maio, a PRIO anunciou a aquisição da participação de sua sócia,  Equinor,  no Campo de Peregrino e se tornou a única responsável pelo ativo. Os valores da transação giram em torno dos US$ 3,5 bilhões, valor que implicaria um valuation acima do que foi pago pelos 40% comprados em meados de 2024. No entanto, ao analisar o modelo proposto pela companhia para o pagamento, os números devem ficar abaixo disso, em um múltiplo bem mais alinhado com os da PRIO. A diferença no valor desembolsado acontece graças ao modelo de aquisição.

Apesar das dúvidas sobre o impacto das incertezas comerciais sobre o preço do petróleo, nos últimas dias a companhia deu passos importantes para ampliar de maneira significante sua produção: (i) aquisição do restante de Peregrino; (ii) aprovações para a volta da operação de poços em suas plataformas; e (iii) atualizações sobre a entrada em operação de Wahoo.

A produção da companhia atingiu 109 kb/d no 1T25, aumentando a produção em relação ao trimestre anterior. O aumento da produção veio da adição da produção em Peregrino (recém adquirido) e de uma ligeira melhora de produção em seus outros Campos. A companhia ainda enfrentou dificuldades operacionais e Peregrino tem um custo de extração mais elevado que o da companhia — seu custo de extração atingiu US$ 12,8, que, apesar de mais alta que o do último trimestre, foi melhor do que o esperado pelo mercado.

Continuamos confiantes com a tese em PRIO. Isso acontece pois enxergamos: (i) evolução na produção em Albacora Leste e Frade; (ii) adição da produção adquirida de Peregrino e ganhos de eficiência com a aquisição do controle da operação; e (iii) aprovações e início da produção em Wahoo em 2026. Apesar de estarmos construtivos com a tese de PRIO, estamos um pouco mais cautelosos com preços de petróleo para 2025 e, caso a companhia não consiga entregar as melhorias que projetamos, o cenário pode se tornar desafiador.

PRIO (PRIO3) — Compra

Preço Alvo55,00
Preço Atual36,97
Upside49%
Capitalização de Mercado (R$ bi)33
Ações Emitidas (mi)817
Free Float68,00%

Performance

Semana+9,35%
Mês+7,13%
Ano-7,92%

Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.

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