Monte Bravo Analisa —  JBS (JBSS3) 4T24

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Por: Ana Balsessarini
26/03/2025 • 2 mins de leitura

Resumo do artigo

  • Somos bastante construtivos com a tese de JBS, pois vemos a companhia negociando em patamares de múltiplos bastante interessantes com o mercado não dando o valor que enxergamos na plataforma diversificada que a companhia criou, além disso, nossa tese se baseia em (i) maturação dos investimentos realizados pela companhia nos últimos anos (ii) listagem nos EUA (iii) forte geração de caixa e desalavancagem ( iv) maturação e aumento da representatividade das novas frentes de negócio.

Para conferir a análise em formato PDF, clique aqui.

A JBS divulgou na noite desta quarta-feira (25) seus resultados referentes ao 4T24, os números reportados foram acima das nossas estimativas e do consenso de mercado. A estratégia da companhia em diversificar em geografias e proteínas tem se mostrado cada vez mais acertada, com a boa performance em aves (Seara e Pilgrim’s) e em alguns outros segmentos mais do que compensando o momento mais desafiador para beef nos EUA.

Além dos números divulgados, a companhia aproveitou para propor para ser votado em Assembleia Geral a distribuição de R$ 4,4 bilhões (R$ 2 por ação). Caso o dividendo for aprovado, a companhia terá distribuído R$ 5 reais por ação após os últimos 3 resultados trimestrais.

Os últimos dias também trouxe novidades sobre o processo de dupla listagem da Companhia, com os controladores (J&F) firmando acordo com o braço de participações do BNDES (BNDESPar) e que tem 20,8% das ações da companhia, para que se abstivesse de votar na Assembleia que deliberará sobre esse assunto, abrindo caminho para que o processo evolua de maneira mais célere. Essa noticia que foi responsável pela forte performance das ações nos últimos dias.

Comentando um pouco sobre o resultado da JBS, os números vieram sólidos em quase todas unidades de negócio, com destaque para Seara, Pilgrim’s e JBS Brasil. A operação de bovinos nos EUA, apesar de continuar apresentando números fracos, apresentou uma boa melhora de margens, indicando que algumas das estratégias adotadas pela companhia para melhorar a eficiência de suas operações parecem ter dado certo.

O resultado veio, para sacramentar qualquer dúvida sobre a estratégia de diversificação geográfica e de proteínas da companhia, que continuam apresentando bons resultados em suas outras unidades de negócio, com crescimento de margens e volumes e ganhos de eficiência operacional em diversas delas.

A companhia voltou a entregar crescimento do EBITDA que atingiu R$ 10,8 bilhões com margens de 9,2%, números muito fortes, com destaque novamente para a Seara, que continua apresentando um excelente resultado impulsionada pelo ciclo do positivo para frango e a maturação de seus últimos investimentos, da Pilgrins (Seara dos EUA) e da JBS Brasil

Os fortes números operacionais apresentados foram convertidos em uma geração robusta de caixa livre de R$ 5,5 bilhões o que, junto com os resultados robustos, ajudou a levar a alavancagem para patamares que a companhia julga como confortáveis, até por isso tivemos novamente o pagamento de dividendos.

Somos bastante construtivos com a tese de JBS, pois vemos a companhia negociando em patamares de múltiplos bastante interessantes com o mercado não dando o valor que enxergamos na plataforma diversificada que a companhia criou, além disso, nossa tese se baseia em (i) maturação dos investimentos realizados pela companhia nos últimos anos (ii) listagem nos EUA (iii) forte geração de caixa e desalavancagem ( iv) maturação e aumento da representatividade das novas frentes de negócio.

JBS (JBSS3)  — Compra

Preço Alvo44,5
Preço Atual41
Upside9%
Capitalização de Mercado (R$ bls)91
Ações Emitidas (mls)2.218
Free Float51%

Performance

Semana3,66%
Mês30,59%
Ano8,89%

Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.

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