Após tarifas nos EUA, investidores diminuem apetite ao risco

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Mercados

Os mercados de risco estão em módulo de redução de risco, com investidores em busca de posições de segurança após os EUA aplicarem tarifas sobre bens.

As tarifas, que entram em vigor no dia 4 de fevereiro, estão sendo vistas como instrumento de pressão e existe a expectativa de que as mesmas sejam revertidas em algumas semanas. Se isso não acontecer, o espaço para deterioração dos mercados de risco será mais amplo.

No sábado (01), o presidente Donald Trump impôs uma tarifa de 25% sobre produtos do México e do Canadá. Ele também estabeleceu uma taxa de 10% sobre importações da China. Os EUA movimentam cerca de US$ 1,6 trilhão em negócios com esses três países.

O Canadá respondeu com tarifas retaliatórias próprias, enquanto o México afirmou que estudará a aplicação de taxas sobre importações dos EUA. O governo chinês, por sua vez, declarou que entrará com uma ação judicial na Organização Mundial do Comércio.

As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA apresentam pouca variação nesta segunda-feira (03). A taxa do papel de 10 anos recua para 4,54%, enquanto a do título de 2 anos sobe 0,07 p.p., para 4,27%.

O dólar avançou frente às principais moedas na sexta-feira (31). O índice do dólar (DXY), que mede a moeda americana contra seis moedas de economias desenvolvidas, sobre 1,1% para 109,5 pontos.

O ouro à vista recua 0,9%, para US$ 2.776,05 por onça. As criptomoedas registram forte queda em um movimento de aversão ao risco no mercado. O Bitcoin recuava 6,8%, negociado a US$ 95.138.

Os preços do petróleo operam em alta, com os contratos futuros do Brent avançando 0,4% para US$ 76,8 por barril. Os futuros do West Texas Intermediate também sobem 0,5%, para US$ 73,9 por barril.

Os mercados asiáticos operaram em baixa nesta segunda, após o presidente Donald Trump impor tarifas ao Canadá, México e China no fim de semana. As bolsas chinesas permanecem fechadas devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

Na Europa, os mercados abriram em queda hoje, com o índice pan-europeu STOXX 600 recuando 1,9%. Nos EUA, os índices futuros também operam em baixa. Os futuros do S&P 500 caem 1,6%, enquanto os do Nasdaq-100 recuam 1,7%.

Esta será a semana mais movimentada da temporada de balanços do quarto trimestre de 2024, com mais de 120 empresas do S&P 500 divulgando seus resultados. Entre os destaques, estão gigantes do setor de tecnologia, como Alphabet, Amazon e Palantir, além de grandes empresas do setor de consumo, incluindo Walt Disney e Mondelez.

Na sexta-feira, por aqui o Ibovespa fechou em baixa de 0,61%, aos 126.135 pontos, mas acumulou alta de 4,9% em janeiro. O dólar à vista fechou em baixa de 0,28%, cotado a R$ 5,8366, e recuou 5,6% no mês.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (31/01/2025):

• IPCA/2025 subiu de 5,50% para 5,5%, enquanto o IPCA/2026 subiu de 4,22% para 4,28%
• PIB/2025 ficou estável em 2,06%, enquanto o PIB/2026 ficou estável em 1,72%;
• Dólar/2025 ficou estável em R$ 6,00, enquanto o Dólar/2026 ficou estável em R$ 6,00;
• Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,50% a.a.;
• Primário/25 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/26 ficou estável em -0,60%.

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Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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