Análise de Empresas
17/07/2024 • < 1 minuto de leitura
Análise de Empresas — Relatório de Produção Vale 2T24
A Vale divulgou na noite de terça-feira (16) sua prévia…
📄 Para conferir a análise em formato PDF, clique aqui.
A WEG reportou na manhã desta quarta-feira (22) seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025.
Os números da companhia vieram basicamente em linha com nossas estimativas e do mercado. A companhia continua enfrentando desaceleração no crescimento de suas receitas, como vimos nos últimos trimestres. As margens, no entanto, têm se mantido em patamares saudáveis, com a companhia conseguindo repassar parte do impacto das tarifas para os seus clientes.
Temos uma leitura mista dos números reportados. Entendemos que a ausência de crescimento poderia pesar nas ações, mas a manutenção dos patamares saudáveis das margens é positivo. Apesar de achar difícil um re-rating das ações, esperamos uma performance neutra.
A companhia apresentou crescimento das receitas de 4% a/a, com destaque para o segmento de Equipamentos Eletrônicos e Indústrias (EEI) que teve sólida performance no Exterior e no Brasil. É importante frisar, porém, que a boa performance veio de motores de baixa tensão que são mais sensíveis a atividade econômica.
O destaque negativo foi a performance de GTD, impactada pela ausência de projetos de Geração Distribuída no Brasil e pela falta de capacidade ociosa em transformadores.
As margens brutas apresentaram uma ligeira contração na comparação com o 2T25, com uma piora no mix (ciclo curto x ciclo longo) e impactados pelo aumento nos preços do cobre (principal matéria-prima). Dadas as incertezas sobre impactos tarifários, no entanto, a manutenção das margens nos níveis atuais é uma surpresa positiva.
Continuamos gostando do investimento WEG, mas o ambiente de curto prazo continua desafiador. Existem dúvidas sobre a velocidade de desaceleração no crescimento das receitas e sobre as margens, com os impactos das tarifas aparentemente ainda não refletidos.
Dado o cenário mais desafiador para o curto prazo da companhia, estamos reduzindo nosso preço-alvo para R$ 50. O novo preço reflete melhor a desaceleração no crescimento das receitas (dólar, limitação de capacidade em GTD e desaceleração em produtos de ciclo longo) e a possibilidade de alguma pressão em suas margens.
Apesar da redução no preço-alvo, mantemos a recomendação de compra para as ações da companhia. Entendemos que as pressões de curto prazo não tiram a atratividade do ativo para os próximos anos, pois vemos o aumento de capacidade em setores estratégicos no Brasil e no Exterior — principalmente em Transformadores — e pela entrada em novas linhas de negócio que devam criar novas avenidas de crescimento, como Baterias — com possível leilão em 2025 — e toda a parte de eletrificação — carregadores e outros produtos.
No longo prazo, entendemos que: (i) a companhia possui exposição direta e/ou indireta a tendências de forte crescimento do consumo de energia nos EUA e em outras geografias; (ii) tem se consolidado no setor de motores industriais e de ciclo longo, que tem margens maiores; (iii) exposição a eletrificação no mercado brasileiro deve prevalecer e destravar um potencial maior de valorização para suas ações.
Preço Alvo | 50,00 |
Preço Atual | 39,67 |
Upside | 26% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 166 |
Ações Emitidas (mi) | 4.195 |
Free Float | 35,00% |
Semana | +6,89% |
Mês | +8,27% |
Ano | –23,79% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.